É natural ser mãe?
- Renata Cristina Tutumi
- 7 de mai.
- 2 min de leitura
Descubra o seu estilo parental e transforme sua forma de educar
Muitas mulheres, ao embarcarem na maternidade, acreditam que saberão instintivamente como agir, sentir e educar. A ideia de que “ser mãe é natural” pode até parecer reconfortante… até que nos deparamos com o choro sem explicação, os desafios do dia a dia, a culpa constante.
Comigo foi assim também.
E tudo mudou quando entendi que a maternidade não nasce pronta — ela é construída. E esse processo começa com o autoconhecimento: entender o nosso estilo parental é um passo essencial para educar com mais consciência e conexão.

Cada mãe educa a partir da própria história
Somos mais racionais ou mais emocionais? Mais autoritárias ou mais permissivas?A verdade é que todas nós transitamos por diferentes formas de agir com nossos filhos, mas costumamos ter um estilo parental dominante — aquele que aparece com mais força nas situações de estresse, cansaço ou dúvida.
O psicólogo John Gottman, renomado pesquisador da parentalidade e das emoções, identificou quatro estilos principais. Conhecê-los pode ser o ponto de virada para uma maternidade mais leve, empática e intencional.
Os 4 estilos parentais segundo John Gottman
1. Pais Simplistas
Ignoram ou desconsideram as emoções da criança, acreditando que são exageros ou perdas de tempo.Usam distrações como forma de “resolver” a situação, sem se aprofundar na causa emocional.
💬 “Ele está fazendo manha. Melhor dar um brinquedo pra ele parar.”
2. Pais Permissivos (ou Coniventes)
Aceitam e acolhem as emoções, mas não oferecem direção. Não impõem limites e evitam o conflito, o que pode deixar a criança sem referências emocionais.
💬 “Tudo bem chorar", mas não dizem como lidar com essa tristeza.
3. Pais Desaprovadores
Repreendem as expressões emocionais, mesmo quando a criança não está se comportando mal. Veem nas emoções negativas um sinal de fraqueza ou manipulação.
💬 “Engole esse choro. Isso é frescura.”
4. Pais Educadores Emocionais (o ideal segundo Gottman)
Reconhecem as emoções como oportunidades de conexão. Nomeiam sentimentos, acolhem e ajudam a criança a entender e a lidar com o que está sentindo — sem negar nem superproteger.
💬 “Você está frustrado por que não conseguiu? Eu também me sinto assim às vezes. Vamos pensar juntos numa solução?”
“As emoções não são um problema a ser resolvido. São uma linguagem a ser aprendida.” — John Gottman, Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos
E se você estiver oscilando entre os estilos?
Está tudo bem. A maioria de nós transita entre eles dependendo do dia, do humor, do cansaço.
O importante é perceber qual estilo domina sua relação com seu filho — e usar essa consciência como ponto de partida para ajustes, não para julgamentos.
A maternidade não precisa ser natural. Precisa ser real, consciente e possível. E essa transformação começa com a coragem de se olhar com honestidade e compaixão.Se você quer se aprofundar nessa jornada de autoconhecimento e aprender a lidar com os desafios da maternidade com mais presença, eu posso te ajudar.
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