Como lidar com birras e ser feliz
- Renata Cristina Tutumi
- 7 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de ago.
Por que fico feliz quando meus filhos fazem birra?
E porque talvez você também possa olhar diferente para esses momentos
Sim, você leu certo. Eu fico feliz quando meus filhos fazem birra. Parece estranho, né? Mas eu te explico.
Esses momentos — intensos, desafiadores, muitas vezes públicos e constrangedores — me mostram que meus filhos são perfeitamente normais. Eles não estão "dando trabalho". Estão aprendendo a viver.


O cérebro infantil ainda está em construção
Crianças pequenas ainda não têm o cérebro totalmente desenvolvido para regular suas emoções. Segundo Daniel J. Siegel, neuropsiquiatra e autor do livro O Cérebro da Criança, o córtex pré-frontal — área responsável pelo controle emocional — só estará completamente formado na vida adulta. Ou seja, esperar autorregulação emocional de uma criança pequena é exigir algo que biologicamente ela ainda não pode oferecer.
E quando eu perco a paciência?
Sim, muitas vezes, mais do que eu gostaria, eu me exalto. Em vez de acolher, acabo reprimindo. Faço o que a sociedade espera: tento calar, conter, controlar.
“Por trás de todo comportamento há uma necessidade não atendida.”— Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não-Violenta
Mas quando eu só olho para o comportamento da criança — a birra, o grito, o choro — perco a chance de entender o que está por trás. Talvez seja cansaço. Frustração. Medo. Sede. Falta de conexão.
Birras são oportunidades (de verdade!)

Eu escolho enxergar a birra como:
Uma chance de reforçar o vínculo com meus filhos.
Um momento valioso para ensinar habilidades emocionais.
Um convite para viver os valores que desejo que eles levem para a vida: empatia, respeito e escuta.
Pense comigo: você diria para sua melhor amiga “para de chorar” quando ela está frustrada ou triste? Então por que dizemos isso às nossas crianças?
E quando eu erro?
Eu peço desculpas. Simples assim. Porque pedir desculpas também educa. Mostra que eu não sou perfeita — e que eles também não precisam ser.
Crescemos em uma sociedade que nos ensinou que criança educada é criança controlada. Mas eu escolho fazer diferente. Escolho a parentalidade consciente e positiva como forma de estabelecer laços fortes com quem realmente importa, meus filhos.
Não é fácil, mas é transformador. Aprender como lidar com birras é parte do nosso processo de amadurecimento e também de nossos filhos.
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