Culpa materna, autocrítica e exaustão: Como a autocompaixão pode transformar sua relação com os filhos
- Renata Cristina Tutumi
- 8 de mai.
- 3 min de leitura
"Sou uma péssima mãe."
"Não devia ter gritado."
"Por que é tão difícil pra mim e tão fácil pra outras?"
Esses pensamentos passam todos os dias pela cabeça de muitas mulheres. Mulheres que estão fazendo o possível, com os recursos que têm, mas que ainda assim carregam um peso enorme nas costas: o da culpa materna.
A boa notícia? Esse peso pode ser aliviado.
E não, não é com uma fórmula mágica.
É com um antídoto validado pela ciência e poderoso na prática: autocompaixão.

O que é autocompaixão?
Autocompaixão não é autoindulgência.
Não é se fazer de vítima, não é passar pano, nem fugir das responsabilidades.
Segundo a pesquisadora Kristin Neff, uma das maiores referências no assunto, autocompaixão é a habilidade de se tratar com gentileza, especialmente em momentos de falha, dor ou dificuldade.
É o gesto emocional de olhar pra si com realismo e empatia — em vez de julgamento e exigência.
Ela é composta por três pilares fundamentais:
Mindfulness (Presença): estar consciente do que está acontecendo aqui e agora, sem negar nem exagerar o que se sente.
Humanidade compartilhada: reconhecer que sofrimento e imperfeição fazem parte da experiência humana.
Autogentileza: oferecer a si mesma o mesmo cuidado e compreensão que você daria a alguém que ama.
Por que mães precisam tanto de autocompaixão?
A maternidade é um terreno fértil para a autocrítica.
Vivemos rodeadas de expectativas: da mãe perfeita, da mulher equilibrada, da profissional incansável, da esposa disponível.
Quando erramos — e erramos, porque somos humanas — é fácil cair na armadilha de achar que isso nos torna menos mães.
Mas e se a sua força não estiver em acertar sempre, e sim em conseguir se levantar com mais leveza depois dos tombos?
Estudos mostram que pessoas autocompassivas têm mais resiliência emocional, menos sintomas de depressão e ansiedade, e um relacionamento mais saudável consigo mesmas (Neff & Germer, 2013).
Entre mães, isso se traduz em menos reatividade, mais presença e mais conexão real com os filhos.
Mães autocompassivas...
Reconhecem seus limites e sabem pedir ajuda.
Se perdoam mais rápido e aprendem com os erros.
Interpretam cada falha como parte do processo e não como incompetência.
Conseguem oferecer aos filhos mais aceitação - porque se aceitaram primeiro.
E o mais bonito: ensinam autocompaixão pelo exemplo.
Crianças que convivem com mães mais autocompassivas desenvolvem uma autoestima mais saudável, um senso de valor próprio menos dependente de aprovação externa e mais empatia pelas próprias emoções.
Como cultivar a autocompaixão na sua rotina?
Repare na sua voz interna. Você falaria com uma amiga do mesmo jeito que fala com você mesma?
Nomeie o que sente. Dizer “estou frustrada” é diferente de dizer “sou uma mãe péssima”.
Pratique o "ponto-e-vírgula".
Troque: “Gritei com meu filho, sou horrível.”
Por: “Gritei com meu filho; estou exausta e preciso de apoio.”
Respire e pare antes de reagir.
Esse espaço entre o estímulo e a resposta pode ser o terreno da sua escolha mais gentil.
Busque conexão com outras mães.
Falar sobre o que dói com pessoas que escutam sem julgamento é uma forma poderosa de autocompaixão compartilhada.
Em vez de cobrar tanto, apoie-se mais.
A maternidade não é uma prova que você precisa passar com nota 10.
É uma travessia. Um processo. Uma construção diária de vínculo - com o seu filho e com você mesma.
Você não precisa ser uma mãe perfeita.
Precisa ser uma mãe presente, real, aberta ao aprendizado… e autocompassiva.
Se hoje você está cansada, frustrada ou triste com alguma escolha que fez…
Respire. Se acolha.
E lembre: você está fazendo o seu melhor para lidar com algo que nunca te ensinaram.
Isso, por si só, já é amor em estado bruto.
Como posso te ajudar?
Entender a importância da autocompaixão e começar a praticá-la é um processo transformador, mas sei que, muitas vezes, dar o primeiro passo pode parecer difícil.
Se você está se sentindo sobrecarregada, culpada ou se precisa de um espaço para se acolher e se conectar com seu potencial, meu trabalho como coach para mães pode ser o apoio que você procura.
No meu trabalho, ajudo mães a:
Reduzirem a culpa materna e a autocrítica que muitas vezes impedem de ver o quanto estão fazendo o seu melhor.
Fortalecerem sua resiliência emocional e lidarem melhor com as dificuldades da maternidade.
Aprenderem a praticar a autocompaixão no dia a dia, criando mais leveza na relação com seus filhos e consigo mesmas.
Se você está pronta para dar esse passo em direção a uma maternidade mais tranquila e autêntica, entre em contato comigo para uma sessão de descoberta gratuita. Vamos juntas explorar como a autocompaixão pode transformar sua experiência de ser mãe e sua relação com a vida.
Clique aqui para agendar sua sessão e comece esta jornada de autocompaixão.
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